sábado, 28 de junho de 2008

Turnê Noites de Gala, Samba na Rua - Edição SÃO LUÍS

NOITE DE ÊXTASE


Pode(ría)mos simplesmente torcer o nariz e repetir a pergunta: "mais um tributo a Chico Buarque?". E, mais que isso, achar fácil fazê-lo, já que material é o que não falta. Mas o resultado conseguido por Mônica Salmaso e pelo grupo Pau Brasil em Noites de gala, samba na rua é algo incrível. O repertório é equilibrado: a turma não se limita aos grandes clássicos buarqueanos, tampouco grava/toca somente o lado b do lado b.Perfeito o disco, perfeito também o show baseado em seu repertório, apresentado no Teatro Arthur Azevedo, sexta (6) e sábado (7), 20h. Som, luz, repertório, inte(g)ração entre os músicos e a cantora (que também se arriscava numa percussão ocasional) e entre os músicos entre si: musicalmente, eis a perfeita tradução para a palavra perfeição, sem exageros de novela mexicana ou redundâncias do blogueiro.Novidades a cada canção do repertório, músicos se revezavam no palco, e Salmaso ia trocando intimidades com um e com outro, ficando sozinha com Nelson Ayres (piano), Paulo Bellinati (violões), Rodolfo Stroeter (contrabaixo), Ricardo Mosca (bateria) e trocando até beijinho na boca com o marido Teco Cardoso (sax e flautas). A banda masculina do público presente não ficou com ciúmes, extasiadas que estavam, todas as almas ali presentes.Mônica contou histórias, falou de sua relação com São Luís, cidade que ilustra em p&b o encarte do disco, agradável surpresa. E se disse feliz pelo patrocínio do Bradesco Prime, que estava oportunizando a turnê que percorreria 21 cidades brasileiras em 42 shows com ingressos a preços populares (na capital maranhense custavam R$ 20,00 e R$ 10,00 -- meia para estudantes com carteira --, mas eis o show que você pagaria R$ 100,00 ou mais e não se arrependeria, pode ter certeza). Eu, que não gosto de bater palmas para bancos, tive que me render: feliz iniciativa.Silenciei quase sempre quando pensei em fazer qualquer comentário com o trio de amigos que me acompanhava: o show não podia ser interrompido por absolutamente nada. Deixei todos os comentários para após o show (desnecessários, nada do que eu diga, traduz) e não os fiz, mesa de bar que não fui após, pra quê serve este blogue?Nem mesmo cantar, acompanhando a parte mais conhecida do repertório, eu quis. Trincar o cristal da audição com a pedra bruta de minha voz? Nem pensar...Imperfeição, Graziela tinha compromisso com um curso no horário do show e não pode me acompanhar. Sim, houve um vazio imenso na noite. Mas disso, nem Mônica Salmaso nem o Pau Brasil têm culpa.


Fonte: http://zemaribeiro.blogspot.com/2008/06/noite-de-xtase.html

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